Vendo o que não se vê

No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada e perdoado o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai – Is 6.1 a 9a

 

INTRODUÇÃO:

O contexto do texto:

  • O ano em que morreu o rei Uzias:

Provavelmente o ano 759 a.C.

Uzias, cujo nome significa ajudado por Deus, foi rei em Jerusalém de 810 a 759 a.C.

Todo o povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu rei em lugar de Amazias, seu pai. Ele edificou a Elate e a restituiu a Judá, depois que o rei descansou com seus pais. Uzias tinha dezesseis anos quando começou a reinar e cinquenta e dois anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Jecolias, de Jerusalém. Ele fez o que era reto perante o SENHOR, segundo tudo o que fizera Amazias, seu pai. Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao SENHOR, Deus o fez prosperar – 2Cr 26.1 a 5

  • Deus o fez prosperar.

Deus o ajudou contra os filisteus, e contra os arábios que habitavam em Gur-Baal, e contra os meunitas. Os amonitas deram presentes a Uzias, cujo renome se espalhara até à entrada do Egito, porque se tinha tornado em extremo forte. Também edificou Uzias torres em Jerusalém, à Porta da Esquina, à Porta do Vale e à Porta do Ângulo e as fortificou. Também edificou torres no deserto e cavou muitas cisternas, porque tinha muito gado, tanto nos vales como nas campinas; tinha lavradores e vinhateiros, nos montes e nos campos férteis, porque era amigo da agricultura. Tinha também Uzias um exército de homens destros nas armas, que saíam à guerra em tropas, segundo o rol feito pelo escrivão Jeiel e Maaséias, oficial, sob a direção de Hananias, um dos príncipes do rei. O número total dos cabeças das famílias, homens valentes, era de dois mil e seiscentos. Debaixo das suas ordens, havia um exército guerreiro de trezentos e sete mil e quinhentos homens, que faziam a guerra com grande poder, para ajudar o rei contra os inimigos. Preparou-lhes Uzias, para todo o exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos e até fundas para atirar pedras. Fabricou em Jerusalém máquinas, de invenção de homens peritos, destinadas para as torres e cantos das muralhas, para atirarem flechas e grandes pedras; divulgou-se a sua fama até muito longe, porque foi maravilhosamente ajudado, até que se tornou forte – 2Cr 26.7 a 15

  • Mas seus últimos dias foram lamentáveis:

Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar incenso no altar do incenso. Porém, o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do SENHOR, homens da maior firmeza; e resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o SENHOR, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este mister; sai do santuário, porque transgrediste; nem será isso para honra tua da parte do SENHOR Deus. Então, Uzias se indignou; tinha o incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na Casa do SENHOR, junto ao altar do incenso. Então, o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que o SENHOR o ferira. Assim, ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do SENHOR; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra. Quanto aos mais atos de Uzias, tanto os primeiros como os últimos, o profeta Isaías, filho de Amoz, os escreveu. Descansou Uzias com seus pais, e, com seus pais, o sepultaram no campo do sepulcro que era dos reis; porque disseram: Ele é leproso. E Jotão, seu filho, reinou em seu lugar – 2Cr 26.16 a 23

Um triste ocaso para um rei tão próspero e bom.

  • Tempos de incertezas:

No norte a ameaça assíria tomava corpo. Os inimigos próximos estavam sob ameaça. Alguns anos depois Samaria cairia sob o poder dos assírios. Isaías sabia que dias difíceis iriam surgir.

  • Isaías, filho de Amoz:

Provavelmente Amoz tenha sido um irmão ou primo do rei Uzias. O profeta Isaías tinha sangue real. Ele sentiu muito a morte do rei Uzias.

O que Isaías viu?

I EU VI O SENHOR

No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça – versos 1 a 4

A Bíblia nos ensina que há coisas que podemos ver e coisas que não podemos ver:

Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. (o que se vê não foi feito do que é visível – NVI – εἰς τὸ μὴ ἐκ φαινομένων τὰ βλεπόμενα γεγονέναι) – Hb 11.3

As que podem ser vistas são temporais e as que não podem ser vistas são eternas:

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas – 2Co 4.17 e 18

Os filósofos antigos Parmênides, Heráclito, Sócrates, Platão e Aristóteles usavam os termos “coisas mutáveis” e “coisas imutáveis”, o que é “necessário” e o que é “contingente” para se referir às mesmas verdades.  Eles diziam que as coisas imutáveis eram aquelas que não estavam sujeitas ao Devir, o vir a ser contínuo, do mundo sublunar. As coisas necessárias e imutáveis são aquelas que procedem do mundo supralunar.

As coisas imutáveis (que não podem ser vistas, somente percebidas pela mente) e as coisas mutáveis (tangíveis e percebidas pelos sentidos) são duas faces de uma só realidade. (Francis Schaeffer)

Até chegar ao templo Isaías via apenas o que humanamente podia ser visto.

  • O rei Uzias está morto
  • Os Assírios estão despontando como uma potência e uma ameaça mundial
  • No rosto de todos há perplexidade e incertezas

Ao chegar ao templo sua perspectiva foi drasticamente mudada.

  • Majestade e sublimidade:

No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo – Is 6.1

Isaías viu o que não vemos, a menos que Deus nos permita ver. Sua visão se assemelha à visão de João na ilha de Patmos:

Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas. Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado; e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro. Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus – Ap 4.1 a 5

João viu o que não vimos, a menos que Deus nos conceda ver. João viu a fonte de toda a realidade – “O que se assenta no trono”. No capítulo seguinte ele adiciona um detalhe importante:

Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. […] Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. […] Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono – Ap 5.1, 6a e 7

A visão da majestade de Deus nos tranquiliza:

No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada – Sl 115.3

Reina o SENHOR. Revestiu-se de majestade; de poder se revestiu o SENHOR e se cingiu. Firmou o mundo, que não vacila – Sl 93.1

Dizei entre as nações: Reina o SENHOR. Ele firmou o mundo para que não se abale e julga os povos com eqüidade – Sl 96.10

Reina o SENHOR. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas – Sl 97.1

Reina o SENHOR; tremam os povos. Ele está entronizado acima dos querubins; abale-se a terra – Sl 99.1

Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo – Sl 103.19

Deus reina desde sempre e reinará para sempre:

O SENHOR reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia! – Sl 146.10

Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre – Dn 2.44

Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.

Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído – Dn 7.13 e 14

O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos – Ap 11;15

Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus – Ap 12.10

A visão da majestade de Deus deve conduzir-nos a uma atitude absoluta submissão a Ele e a orarmos com mais fervor: “…venha o teu reino…” – Mt 6.10a

  • Santidade absoluta:

Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça – Is 6.2 a 4

Isaías viu seres celestiais impressionantes. Esses seres eram serafins – literalmente seres ardentes. Isaías os descreve para enfatizar que eles tinham uma atitude de reverência – com suas asas eles cobriam seus rostos e pés. E eles clamavam – literalmente gritavam como que sentindo dores: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. O grito dos serafins provocou efeitos visíveis no templo: as bases do limiar se moveram e a casa se encheu de fumaça.

Com certeza o profeta deve ter ficado profundamente impressionado com o que viu. Mas, o centro dessa parte da visão é o conteúdo do clamor dos serafins: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”.

A santidade de Deus é um dos seus atributos menos compreendido. A santidade de Deus é parte essencial de seus atributos transcendentes. A santidade de Deus implica em que ele, em seu ser essencial, é completamente separado (kadash) de toda a sua criação. Ninguém é santo como Deus é santo. Somente Deus é santo em si, de si e por si mesmo.

Os anjos, inclusive os serafins, são santos enquanto santificados pela presença de Deus neles. Homens igualmente são tornados santos na medida em que a santidade de Deus se estabelece neles e eles permanecem na presença santa de Deus.

O SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens – Sl 11.4

Celebrem eles o teu nome grande e tremendo, porque é santo – Sl 99.3

Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o escabelo de seus pés, porque ele é santo – Sl 99.5

Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o seu santo monte, porque santo é o SENHOR, nosso Deus – Sl 99.9

E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir – Ap 4.8

Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? – Ap 6.10

Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos – Ap 15.4

Então, ouvi o anjo das águas dizendo: Tu és justo, tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas – Ap 16.5

A visão da santidade de Deus deve conduzir-nos à reverência e a orarmos com sinceridade: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” – Mt 6.9b

Devemos ser levados por Deus a ver o que não pode ser visto para podermos ver o que deve ser visto: a) Nossa deplorável situação espiritual; b) A graciosa provisão de salvação em Jesus Cristo; e c) A deplorável situação espiritual em que se encontra a humanidade sem Deus e sem salvação.

 

II EU VI A MIM MESMO

 

Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado – versos 5 a 7

O que Isaías viu em si mesmo?

Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! – Is 6.5

  • Indignidade:

Isaías clamou: “Ai de mim”. Comentaristas renomados observam que o mesmo profeta Isaías, no capítulo anterior de seu livro proferiu 6 “ais”.

Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra! – Is 5.8

Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta! – Is 5.11

Ai dos que puxam para si a iniquidade com cordas de injustiça e o pecado, como com tirantes de carro! – Is 5.18

Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! – Is 5.20

Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito! – Is 5.21

Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte, os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça! – Is 5.22 e 23

Mas, quando confrontado com a visão da majestosa e absoluta santidade de Deus o profeta sentencia um retumbante “ai” sobre si.

  • Somente na luz de Deus poderemos ver o que há nos recônditos mais escondido de nossa alma.
  • As acusações cessam na medida em que nos vemos como somos perante Deus.
  • Somente diante da visão da majestosa santidade de Deus é que perceberemos que nossos atos de justiça não passam de trapos de imundície:

Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam – Is 64.6

 

  • Necessidade de salvação:

Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado – Is 6.6 e 7

Convencido de sua deplorável situação ele busca e encontra perdão e aceitação em Deus. A salvação de Deus é para os que se reconhecem estar perdidos, sem Deus, sem esperança e sem salvação.

Levanta-te, SENHOR! Salva-me, Deus meu… – Sl 3.7

Volta-te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por tua graça – Sl 6.4

Salva o teu povo e abençoa a tua herança; apascenta-o e exalta-o para sempre – Sl 28.9

Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua misericórdia – Sl 31.16

Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido – Sl 34.18

A provisão da salvação é uma ação voluntária e decisiva da parte do Salvador. Deus salva porque tem prazer em salvar pecadores.

Quem vê a Deus e a si mesmo também verá o que Deus está vendo.

 

III – EU VI O QUE DEUS VÊ

Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim – Is 6.8

Até chegar ao templo o profeta só via o que podia ser visto com seus olhos naturais. Uma vez no templo ele vê a majestosa santidade de Deus e isso o faz ver sua deplorável situação perante o santo e majestoso Deus. Uma vez tendo obtido o perdão e purificação de seus pecados ele começa a ver o que Deus está vendo.

Deus vê um mundo perecendo e convida o profeta a ser parte de seu plano de redenção da humanidade desumanizada. Somente vê o que Deus vê quem se deixou ser levado pelo Espírito:

Veio sobre mim a mão do SENHOR; ele me levou pelo Espírito do SENHOR e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR Deus, tu o sabes – Ez 37.1 a 3

Se a humanidade soubesse de seu real estado de perdição clamaria por salvação.

 

CONCLUSÃO:

Somente quem teve a visão da majestosa santidade de Deus, sua desesperada necessidade de salvação, e graciosa provisão divina, movido pelo Espírito vê o que Deus está vendo e se envolve em seu plano eterno de redenção da humanidade.

O que você está vendo?

Que Deus nos ajude. Amém.

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