O conhecimento de Cristo, alvo supremo da vida cristã

Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste – Jo 17.3

INTRODUÇÃO:

VIDA CRISTÃ, COMEÇO MEIO E FIM:

A vida cristã, como tudo nesse mundo, tem um começo:

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! – 2Co 5.17

A vida cristã também tem um meio:

E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito – 2Co 3.18

A vida cristã tem um fim (enquanto finalidade):

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou – Rm 8.29 e 30

DE SAULO A PAULO:

Finalmente, meus irmãos, alegrem-se no Senhor! Escrever-lhes de novo as mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês. Cuidado com os cães, cuidado com esses que praticam o mal, cuidado com a falsa circuncisão! Pois nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos pelo Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma na carne, embora eu mesmo tivesse razões para ter tal confiança. Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos – Fp 3. 1 a 11

 

 

SAULO, O JOVEM PRODÍGIO

Infância em Tarso – Saulo nasceu em Tarso, provavelmente no mesmo tempo em que Jesus nascia em Belém. Saulo era de família judia. Seu pai era judeu, descendente de Benjamim, igualmente sua mãe:

Quando os soldados estavam para introduzir Paulo na fortaleza, ele perguntou ao comandante: “Posso dizer-te algo?” “Você fala grego?”, perguntou ele. “Não é você o egípcio que iniciou uma revolta e há algum tempo levou quatro mil assassinos para o deserto?” Paulo respondeu: “Sou judeu, cidadão de Tarso, cidade importante da Cilícia. Permite-me falar ao povo” – At 21.37 a 39

Saulo, como todo menino judeu foi circuncidado ao oitavo dia. Saulo também foi instruído na fé judaica por seu pai:

Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível – Fp 3.4b a 6

Juventude em Jerusalém – Saulo participou do Bar-mitzva e ficou em Jerusalém, na casa de sua irmã, e frequentou a escola de rabinos sob a direção de Gamaliel:

Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade. Fui instruído rigorosamente por Gamaliel na lei de nossos antepassados, sendo tão zeloso por Deus quanto qualquer de vocês hoje – At 22.3

Saulo se destacou como discípulo de Gamaliel:

Todos os judeus sabem como tenho vivido desde pequeno, tanto em minha terra natal como em Jerusalém. Eles me conhecem há muito tempo e podem testemunhar, se quiserem, que, como fariseu, vivi de acordo com a seita mais severa da nossa religião – At 26.4 e 5

 

SAULO, O FARISEU RADICAL, PERSEGUIDOR DO CAMINHO

 

O martírio de Estevão – Saulo consentia em sua morte. As roupas de Estevão foram colocadas aos seus pés.

Mas eles taparam os ouvidos e, gritando bem alto, lançaram-se todos juntos contra ele, arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo – At 7.57 e 58

E quando foi derramado o sangue de tua testemunha Estêvão, eu estava lá, dando minha aprovação e cuidando das roupas dos que o matavam – At 22.20

Perseguições na Judeia:

Eu também estava convencido de que deveria fazer todo o possível para me opor ao nome de Jesus, o Nazareno. E foi exatamente isso que fiz em Jerusalém. Com autorização dos chefes dos sacerdotes lancei muitos santos na prisão, e quando eles eram condenados à morte eu dava o meu voto contra eles. Muitas vezes ia de uma sinagoga para outra a fim de castigá-los, e tentava forçá-los a blasfemar. Em minha fúria contra eles, cheguei a ir a cidades estrangeiras para persegui-los – At 26.9 e 11

Ida a Damasco com permissão do Sinédrio

Persegui os seguidores deste Caminho até a morte, prendendo tanto homens como mulheres e lançando-os na prisão, como o podem testemunhar o sumo sacerdote e todo o Conselho, de quem cheguei a obter cartas para seus irmãos em Damasco e fui até lá, a fim de trazer essas pessoas a Jerusalém como prisioneiras, para serem punidas – At 22.4 e 5

 

PAULO, O CONVERTIDO À FÉ CRISTÃ

Por volta do meio-dia, eu me aproximava de Damasco, quando de repente uma forte luz vinda do céu brilhou ao meu redor. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo! por que você está me perseguindo?’ Numa dessas viagens eu estava indo para Damasco, com autorização e permissão dos chefes dos sacerdotes – At 22.6 e 7

Mas:

Por volta do meio-dia, ó rei, estando eu a caminho, vi uma luz do céu, mais resplandecente que o sol, brilhando ao meu redor e ao redor dos que iam comigo. Todos caímos por terra. Então ouvi uma voz que me dizia em aramaico. ‘Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo? Resistir ao aguilhão só lhe trará dor!’ – At 26.13 e 14

Quem és tu?

Então perguntei: Quem és tu, Senhor? E ele respondeu: ‘Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem você persegue’. Os que me acompanhavam viram a luz, mas não entenderam a voz daquele que falava comigo – At 22.8 e 9

E também:

Então perguntei: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Sou Jesus, a quem você está perseguindo – At 26.15

O que devo fazer?

Assim perguntei: Que devo fazer, Senhor? Disse o Senhor: Levante-se, entre em Damasco, onde lhe será dito o que você deve fazer – At 22.10

Paulo perseguia a Cristo sem o conhecê-lo. Depois que foi vencido Poe Cristo ele passou a persegui-lo para conhecê-lo. Uma vez convertido a Cristo, Paulo passou a adotar uma nova mentalidade. Para ele o que era importante – o rabinato – passou a ser algo sem importância:

Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé – Fp 3.7 a 9

 

PAULO, O PERSEGUIDOR DA PERFEIÇÃO

Os que estavam comigo me levaram pela mão até Damasco, porque o resplendor da luz me deixara cego. “Um homem chamado Ananias, piedoso segundo a lei e muito respeitado por todos os judeus que ali viviam, veio ver-me e, pondo-se junto a mim, disse: ‘Irmão Saulo, recupere a visão’. Naquele mesmo instante pude vê-lo. “Então ele disse: ‘O Deus dos nossos antepassados o escolheu para conhecer a sua vontade, ver o Justo e ouvir as palavras de sua boca. Você será testemunha dele a todos os homens, daquilo que viu e ouviu – At 22.11 a 15

E também:

Agora, levante-se, fique de pé. Eu lhe apareci para constituí-lo servo e testemunha do que você viu a meu respeito e do que lhe mostrarei. Eu o livrarei do seu próprio povo e dos gentios, aos quais eu o envio para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim’ – At 26.16 a 18

Uma vez transformado em nova criatura a ambição de Paulo passou a ser:

Conhecer a Cristo

Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos … – Fp 3.10a

Tornar Cristo conhecido

Agora, levante-se, fique de pé. Eu lhe apareci para constituí-lo servo e testemunha do que você viu a meu respeito e do que lhe mostrarei. Eu o livrarei do seu próprio povo e dos gentios, aos quais eu o envio para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim’. “Assim, rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial. Preguei em primeiro lugar aos que estavam em Damasco, depois aos que estavam em Jerusalém e em toda a Judéia, e também aos gentios, dizendo que se arrependessem e se voltassem para Deus, praticando obras que mostrassem o seu arrependimento – At 26.16 a 20

Ser conformado a Cristo

… tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos – Fp 3.10b e 11

 

CONCLUSÃO:

Mais que doutrina, convivência.

Mais que zelo, amor:

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta – 1Co 13.1 a 7

 

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