Disse Moisés ao Senhor: Tu me ordenaste: Conduza este povo, mas não me permites saber quem enviarás comigo. Disseste: Eu o conheço pelo nome e de você tenho me agradado. Se me vês com agrado, revela-me os teus propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti. Lembra-te de que esta nação é o teu povo. Respondeu o Senhor: Eu mesmo o acompanharei, e lhe darei descanso. Então Moisés lhe declarou: Se não fores conosco não nos envies. Como se saberá que eu e o teu povo podemos contar com o teu favor, se não nos acompanhares? Que mais poderá distinguir a mim e a teu povo de todos os demais povos da face da terra? O Senhor disse a Moisés: Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome. Então disse Moisés: Peço-te que me mostres a tua glória – Êxodo 33.12-18
Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade – João 1.14
INTRODUÇÃO
O termo glória acontece 395 vezes na Bíblia toda. É um assunto bastante recorrente nas Escrituras.
Se alguém lhe perguntar o que é glória de Deus, o que você responderá?
O termo hebraico kàbōd “glória”, “honra” quando se aplica a Deus, não significa Deus na Sua natureza essencial, mas a manifestação luminosa da Sua pessoa, Sua gloriosa revelação de Si mesmo. Esse termo se vincula com verbos de “ver” (Êx 16.7; 33.18; Is 40.5) e “aparecer” (Êx 16.10; Dt 5.24; Is 60.1). Podemos reconhecer este kàbōd na criação (Sl 19.1; Is 6.3), mas ele se expressa acima de tudo na história da salvação, isto é, nos grandes atos de Deus (Êx 14.7-18; Sl 96.3), e especialmente na presença de Deus no santuário (Êx 40.34-35; 1Rs 8.10-11; Sl 26.8), a qual se pode conceber na forma de fogo (Lv 9.23-24; Ez 43.2; Êx 24.17). Esperava-se para os últimos dias uma plena manifestação do kàbōd. Seu propósito era trazer a salvação de Israel (Is 60.1-2; Ez 39.21-22), mas também converter as nações (Sl 96.3-9; Zc 2.5-11). Esta glória normalmente se acha somente em Deus, embora, em Ez 8.2; 1.7, 13 e Dn 10.5-6, seres angelicais mostrem algumas das características dela. (Coenen & Brown, Vol. 1, 2000, p. 899-903)
A glória de Deus é uma expressão que ocorre na Bíblia em diversos contextos. Invariavelmente relaciona-se ao conceito de luminosidade, brilho, esplendor, algo que causa um impacto positivo ou provoca temor. A glória de Deus tem sido vista por estudiosos das Escrituras como a soma de todas as perfeições divinas, aquelas que transcendem o mundo criado e aquelas que O coloca em relação direta com a criação. Assim a grandiosidade de Deus, seu imenso poder, sua santidade e eternidade são aqueles esplendores gloriosos da transcendência, sua bondade, misericórdia, justiça, amor e compaixão são suas grandiosidades imanentes. Consideradas juntamente essas perfeições aludem à glória de Deus.
Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito – Isaías 57.15
A respeito da glória de Deus Torrey afirmou que ela está relacionada:
- Ao nome de Deus – Dt 28.58, Ne 9.5
- À sua majestade – Jó 37.22; Sl 93.1; 104.1; 145.5 e 12; Is 2.10
- Ao seu poder – Êx15.1 e 6; Rm 6.4
- Às suas obras – Sl 19.1; 111.3
- À sua santidade – Êx 15.11
Ela também é descrita como:
- Grande – Sl 138.5
- Eterna – Sl 104.31
- Rica – Ef 3.16
- Supremamente exaltada – Sl 8.1; 113.4
O profeta Isaías indagou:
Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? […] A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar. Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento – Is 40.18 e 25 a 28 (ARA)
Paulo exclamou:
Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém – Romanos 11.33-36
Alguns fatos a respeito da glória de Deus:
- A glória de Deus está relacionada ao conhecimento e reconhecimento de quem Deus é
- Deus é zelo por sua glória
- Jesus é a manifestação visível da glória do Deus invisível – Jo 1.18
- A glória de Deus é o fim último para o qual Deus criou todas as coisas
- A glória de Deus será plenamente conhecida por nós somente na eternidade
- MOSTRA-ME TUA GLÓRIA – CONHECENDO A GLÓRIA DE DEUS
O Senhor disse a Moisés: Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome. Então disse Moisés: Peço-te que me mostres a tua glória – Êxodo 33.12-18
- O que Moisés queria ver?
Qual era sua expectativa ao pedir que Deus lhe mostrasse sua glória?
Se você estivesse no lugar de Moisés, o que você teria como expectativa?
O que nossa sociedade nos leva a querer ver?
Pelo contexto do texto podemos perceber que há algo relacionado a conhecer a Deus tanto quanto Deus possa ser conhecido. Há uma conotação física, no sentido de ver com os olhos humanos. Daí a ressalva divina no verso 20: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”.
A resposta de Deus no verso 19 lança luz sobre o que, para Deus, significava o pedido de Moisés:
E Deus respondeu: Diante de você farei passar toda a minha bondade, e diante de você proclamarei o meu nome: o Senhor. Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão – Êx 33.19
Ver a glória de Deus era o equivalente a conhecer quem Deus é. Esse conhecimento de Deus pressupõe uma revelação de suas perfeições essenciais e morais.
Moisés pede para ver a glória de Deus porque ele sabe que nada no mundo pode revelar a nós, de forma plena, a glória de Deus. Somente Deus é capaz de revelar a nós sua glória.
Isaías fala da terra sendo cheia do conhecimento de Deus:
Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar – Is 11.9
Habacuque fala da terra sendo cheia da glória de Deus
Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar – Hb 2.14
O conhecimento de Deus está intimamente relacionado à sua glória. Deus é glorificado quando conhecido e reconhecido.
É possível conhecer a Deus (de forma imprecisa) e não glorificá-lo:
Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram – Romanos 1.18-21
Ilustração:
Você conhece o mar?
Jacques Cousteau, oceanógrafo francês disse que não conhecemos 1% da vida marítima. Não podemos dizer que conhecemos o mar, se por conhecer o mar queremos dizer que o conhecemos plenamente. Porém, ao ter um pequeno contato com o mar podemos dizer que o conhecemos por julgarmos que o que conhecemos dele é suficiente para termos uma ideia de como ele é.
Depois da Queda nossas faculdades mentais foram grandemente prejudicadas e nossa condição moral nos colocou numa condição tal que não podemos ver Deus e continuar vivos. O dilema do conhecimento de Deus não está no sujeito a ser conhecido, mas no sujeito cognoscente, ou seja, em nós.
Vivemos num mundo caído, afetado pelas consequências do pecado. Tudo o que nossos olhos podem ver e nossas mentes conceber nos dão uma visão distorcida de quem Deus é. É verdade que os céus proclamam a glória de Deus – Sl 19.1 – mas não consegue fazer isso plenamente. Nos céus podemos ver um pouco da glória de Deus. Somente na eternidade poderemos contemplar a Deus plenamente.
Toda a criação geme e aguarda a nossa redenção:
A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus – Rm 8.19-21
- MINHA GLÓRIA NÃO DOU A OUTREM – O ZELO DE DEUS POR SUA GLÓRIA
Deus é zeloso por sua glória:
Eu, o Senhor, o chamei em retidão; segurarei firme a sua mão. Eu o guardarei e farei de você um mediador para o povo e uma luz para os gentios, para abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão. Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor – Is 42.6-8
O que Isaías quis dizer?
Esse é um texto messiânico:
Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações. Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça; não mostrará fraqueza nem se deixará ferir, até que estabeleça a justiça sobre a terra. Em sua lei as ilhas porão sua esperança – Is 42.1-4
Deus está dizendo que ninguém, a não ser o Messias, poderá portar a sua glória e receber louvores por isso.
Desejo insano pela glória:
Apoteose – Substantivo feminino derivado do grego apothéosis, pelo latim tardio apotheosis e pelo francês apothéose.
- Momento final glorioso em desfile, espetáculo, peça teatral, show etc., quando se apresenta o conjunto dos participantes, ger. com efeitos de luz.
- Local do Sambódromo onde se agrupam as alas da escola de samba, ao final do desfile, para a despedida do público. [Red. de praça da Apoteose.]
- Por extensão – O ponto culminante, o momento mais importante de um acontecimento.
- Glorificação (de uma pessoa ou de algo) por meio de honrarias, láureas, elogios etc.
- Inclusão entre os deuses; DIVINIZAÇÃO
- Profusão de luzes; CINTILAÇÃO; CLARÃO
- O rei de Babilônia
Você que dizia no seu coração: Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo. Mas às profundezas do Sheol você será levado, irá ao fundo do abismo! – Is 14.13-15
- O rei de Tiro
Pela sua grande habilidade comercial você aumentou as suas riquezas, e, por causa das suas riquezas, o seu coração ficou cada vez mais orgulhoso. Por isso, assim diz o Soberano Senhor: Porque você pensa que é sábio, tão sábio quanto um deus, trarei estrangeiros contra você, das mais impiedosas nações; eles empunharão suas espadas contra a sua beleza e a sua sabedoria e traspassarão o seu esplendor fulgurante. Eles o farão descer à cova, e você terá morte violenta no coração dos mares. Será que então você dirá: Eu sou um deus na presença daqueles que o matarem? Você será tão-somente um homem, e não um deus, nas mãos daqueles que o abaterem – Ez 28.5-9
- Nabucodonozor
Tudo isso aconteceu com o rei Nabucodonosor. Doze meses depois, quando o rei estava andando no terraço do palácio real da Babilônia, disse: Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade? As palavras ainda estavam nos seus lábios quando veio do céu uma voz que disse: É isto que está decretado quanto a você, rei Nabucodonosor: Sua autoridade real lhe foi tirada. Você será expulso do meio dos homens, viverá com os animais selvagens e comerá capim como os bois. Passarão sete tempos até que admita que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer – Dn 4.28-32
Todos esses exemplos ilustram como Deus não deixa impune quem arroga para si glória que não possui. Toda glória pertence unicamente a Deus.
- VIMOS SUA GLÓRIA – A GLÓRIA DE DEUS REVELADA A NÓS
Jesus Cristo, o Messias prometido, veio nos revelar a glória de Deus.
Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade – João 1.14
Jesus é o portador da imagem de Deus
O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas, tornando-se tão superior aos anjos quanto o nome que herdou é superior ao deles – Hb 1.3 e 4
Bruce comenta:
Assim como a glória realmente está na refulgência, assim também a substância de Deus realmente está em Cristo, que é sua impressão, sua representação exata e corporificação. Aquilo que Deus é essencialmente se tornou manifesto em Cristo. Ver Cristo é ver como é o Pai (Commentary on the Epistle to the Hebrews, NLC 1964,6).
Vendo a face de Deus em Cristo:
Pois Deus que disse: Das trevas resplandeça a luz, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo – 2 Co 4.6
O contexto do texto:
Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia. Na verdade, as mentes deles se fecharam, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido. De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações. Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade. E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito – 2 Co 3.13-18
- GLORIFICAR A DEUS – O FIM ÚLTIMO PARA O QUAL DEUS CRIOU TODAS AS COISAS
A glória de Deus como finalidade última de toda a criação:
Tendo Deus se constituído finalidade última da criação e da redenção devemos concluir daí que a busca pela glória de Deus deve-se constituir a finalidade última dos seres racionais (anjos e homens) e irracionais (ou sensilientes – animais e plantas). Os seres irracionais fazem da busca pela glória de Deus uma busca natural e necessária. As plantas e animais glorificam a Deus sendo plenamente aquilo para o qual Deus os designou.
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos – Sl 19.1
Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade – Sl 29.1 e 2
Os seres racionais, dotados de livre agência, podem e devem buscar a glória de Deus como finalidade última de suas existências. Anjos e homens foram criados para o louvor da glória de Deus.
O verbo doxazō implica em:
- Expressar verbalmente louvor a gratidão a Deus – Lc 17.11 a 19
- Reconhecer quem Deus é – Sl 86.9; At 12.23; Ap 4.9; Rm 16.27
- Reconhecer o que Deus faz – Hb 13.20 e 21; Jd 1.24 e 25
- Crer em Deus – Ap 4.20
- Servir a Deus – Mt 5.16; 1Pe 4.11
Jesus buscou a glória de Deus:
Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo – Jo 17.4 e 5
Deus é glorificado quando obedecemos à sua vontade. A obediência aos mandamentos de Deus é a forma mais efetiva de glorificar a Deus. Trata-se de imitar em Cristo, que em tudo foi obediente ao Pai.
- A GLÓRIA ETERNA A SER REVELADA A NÓS E EM NÓS
Antes de haver mundo:
Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse – Jo 17.4 e 5
Jesus glorificou a Deus e nos ensinou como podemos glorificar a Deus. Nada glorifica mais a Deus do que a santidade de seus remidos.
Sendo a santidade um cordial consentimento do coração dos santos ao coração de Deus, a obra que o Espírito produz no coração dos remidos é da mesma natureza das verdadeiras virtudes. O amor benevolente e complacente, aquele amor supremo devido a Deus, é tornado possível pelo gracioso princípio de vida que flui do Espírito de Deus para os santos, numa espécie de autocomunicação. As ações, as reações, as emoções, as intenções e as afeições dos santos são todos julgados a partir da finalidade a que eles se destinam. Porque a glória de Deus está em vista, tudo o que os santos fazem produzirá neles mais santidade. Eles glorificam a Deus por refletirem a santidade de Deus neles. (Edwards)
Nossa cooperação deve incluir uma confiança plena na capacidade do Espírito Santo de efetivar em nós sua obra santificadora:
Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus – Fp 1.6
Devemos confiar inteiramente na graça de Deus em Cristo Jesus. Nunca se deve supor que a santificação seja fruto de nossos esforços à parte da essencial ajuda da graça santificadora. Se o Espírito Santo não agir conferindo as santas afeições a nós, nada que fizermos será da natureza da verdadeira virtude, não terá a Deus como fim último e nenhum benefício trará para nosso crescimento em graça e no conhecimento de Cristo. (Edwards)
Depois da consumação de todas as coisas:
Toda vez que os seres viventes dão glória, honra e graças àquele que está assentado no trono e que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam as suas coroas diante do trono, dizem: Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas – Ap 4.9-11
Depois ouvi todas as criaturas existentes no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles há, que diziam: Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o sempre! Os quatro seres viventes disseram: Amém, e os anciãos prostraram-se e o adoraram – Ap 5.13 e 14
CONCLUSÃO
A glória de Deus é soma de todas as suas perfeições, aquelas que transcendem e aquela que o conecta ao mundo criado.
Deus deseja que sua glória seja conhecida.
E a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas enchem o mar – Habacuque 2.14
Deus é zeloso por sua glória.
Jesus nos revela quem Deus é.
Em Jesus encontramos a glória de Deus acessível a nós.
Assim como Jesus, nós podemos e devemos buscar a glória de Deus.
Que Deus nos ajude.
Amém